terça-feira, junho 29, 2004



boa tarde. meu nome é zulmira de aguiar. sou a patroa do alceo. ele não tem podido escrever neste tipo de diário, que é a loucura dele, porque está uma trabalheira na fazenda com o começo da colheita do café. o josé está lá também. ele pediu para avisar que o romário morreu engasgado com um osso de galinha. não sei se vocês conhecem romário. mas o recado está dado. boa noite. passem bem.

quinta-feira, junho 03, 2004


pé de margarida.parece neve no chão

mais lareira que é o burro de carga aqui quem racha a lenha

e a lareira já está acesa cá em casa, isto é na casa de seu zé , dona zulmira e francisco frederico.
tá na cara que a gente tivemos fora, né? chegamos hoje. o patrão foi vender o gado, invernar, preparar silo para o gado e carregou a gente pra fazenda.

por lá , cês nem imaginam, francisco frederico aprendeu a voar. come sozinho e dona zulmira anda com ele empoleirado no dedo pra baixo e pra cima. e ainda adotou outro canário pretinho que ela chama de otelo. deste nem quero saber.nem é preconceito de cor. queu sou pretinho tamém. mas o bicho é estranho. quando ela deixa cuido do fefê.

chegamos e seu zé já berrou= -zulmira, onde estão minhas chinelas?
zulmira: onde você deixou josé. a não ser que tenham ido dar um passeio pela rua.
seu zé= zulmira, deixe de graça e venha dar conta delas.
zulmira= só se me rachar ao meio. estou vendo o almoço. não sou seu gado que você marca, josé!
seu zé= é minha mulher, raios!
dona zulmira= mas não sua empregada.
aí disse baixinho pro cida: vá lá cida, pegue as chinelas dele que a escrava aqui fica de botas mesmo com a barriga no fogão.

já vi que voltamos mal.

sexta-feira, maio 21, 2004

firmino vortou.
francisco frederico cresceu mais ainda.
seu zé e dona zulmira pararam de bobage de amor.
eu tô sentindo frio quando cato tiririca.
mas cês precisam ver as bôias nos pé do firmino.
ele foi pra casa da dotora devogada pelo caminho erado.
caminho do rio. eu aqui só rindo. nem dizia nada.
mas baixinho (é com xis) me dizia: lá vai o parvo, de botina nova, ringindo, no caminho errado.
o ibama prendeu ele mode proque levava um filhote de melro pra dotora.
ficou uns dias na cadeia. seu zé que livrou ele. pagou uma murta de doer.
tá jogado na minha cama fedido e gemendo.
quedê dotora agora pra livrá a cara dele?
prele aprende. pará de tê oios maior do que o estrombo.
por isso sumi. fu com seu zé sortá firmino. o pobre precisa da minha presença.

domingo, maio 16, 2004

adespois cês diz que só eu não escrevo adireito. ó o que seu zé me mostro. tái. escrfito em baixo. o lá de cima num sabi tumem não e é o prisidenti da genti . por causa disso que a gente que é ingnoranti inda sonha. quem sabi um catador de tiririca chega lá? seu zé pegou aqui ó: no butecu do kibe loco.



ele e dona zulmira tão numa melação de dá nojo. já entojei. chuxu pra cá, pituxinha pra lá. ele só saiu agora pra ir no tar buteco do kibe e vortou dipressinha.
onti chuveu o dia todo. e a casa ficou caladinha.nem pio. cês acham que aconteceu? lógico que os dois fizeram bobage.

sábado, maio 15, 2004



peguei uma conversa hoje de seu zé mais dona zulmira que me arrupiou.foi assim:

seu zé= vem cá pituchinha, faz um cafuné no seu velho.
dona zulmita: ai xuxu tem tempo que você não mela assim. alguma está querendo.
seu zé= vamos fazer neném?
dona zulmira: (rindo) deixa de bobagem josé!
seu zé= me chama de xuxu.
dona zulmira: chamo, minha planta trepadeira. mas hoje não dá. to com dor de cabeça.
seu zé ficou calado um tempo. depois vomitou, cuspindo fogo pelas ventas= depois não reclama se eu encontrar outra mulher.
dona zulmira: josé!


despois ele saiu pra fora e veio reclama com a gente que o trabaio tá divagar. eu quase falei, mas só pensei, vem catar tiririca, vem pra vê o que é planta esparramadeira, xuxu.
romário , com o ganso atrás dele, deu no pé. eu meti a boca no suvaco para rir. mas tava fedido. o calor, sabe comé. o sol do dia inteiro. aí fiquei sério.

sexta-feira, maio 14, 2004




onti foi dia de dona zulmira. foi anssim: de tarde nois engana a pança. ela chama eu mais o romário pra tomá café com broa. nóis fica na porta da cozinha bebericando o café. seu zé, sentado na mesa, lancha, como eles diz. de repente um traque.juro. sabe aquele traque cumprido que dá uma volta no ar e sai gemendo? pois foi anssim mesmo.
dona zulmira falou: josé!
seu zé= sai cachorro, sai cachorro.
dona zulmira: mas josé!
seu zé= é esta ração feita no paraná que os cachorros estão comendo. dimonói o gasto mas aumenta os puns.
dona zulmira: josé! viu o que você falou? meu deus do céu! diminói!
seu zé= você ouviu mal zulmira. aliás, hoje você está impossível.
e saiu da cozinha.

ficou um fedor horriver no ar. que ficou, ficou. eu fui logo acender meu cigarro de páia. eu eim!

quarta-feira, maio 12, 2004

in paz tudo por aqui. a familhada toda da dona zulmira e seo zé foram simbora. francisco frederico deu um susto na gente. ficou sem respirar direito, fechava os oinhos como quem se despede, uma carinha de finado que agoniava nois tudo. as penas arrupiadas. um sono sem tamanho. nem pio. comida num era cum ele. foi no domingo mesmo. mas tibiótico é um santo remédio. curou o fefe. e tá lá o danado. pula nas duas pernas, pia que nem passarinho no cio e come que benza deus.

dona zulmira agora tá deitada na rede com fefe no colo. deixa eu falar baixo meu sonho é deitar anssim numa rede pegando o calor do sol, com um passarim no colo, oiando pru céu. parece que a cabeça lá dela fica vazia de um tudo. nem tá pensando nos gansos que sumiram. eu bem que sei. o firmino, o lambe-botas trouxe (é com xis?) presente de dia das mães para dona zulmira. pode? o puxa saco delambido. pegou daqueles doce de abóbora que ele vende no botequim, durinho por fora e cremoso dentro e deu um saco prela. craro quela lambeu os beiço. e ficou mais ela e o firmino como quem vela o fefe. e eu cuidando do novo trabaiador.

o romário. que veio pra cuidar dos gansos e do lago. mas tudo sumiu. menos o lago, né?. eram 11 gansos. só sobrou um que veve atrás do romário pensando que ele é mulher ou marido dele. aí o romário, deixa eu contar, o nome dele, de verdade, é rogério. romário é por causa de que ele pega no gol no futebol do campinho. por causa do jogador do framengo. aí romário me disse onti: nun quento este ganso fazendo qua qua qua no meu ouvrido.

pregunto procês se eu sou mãe do romário pra cuidar dele e ainda ouvir besteira. ganso só faz qua qua mesmo. ele queria o que? que o ganso falasse vem cá meu amor?

dotora devogada em julho a senhora tira férias,né? o firmino nem pode saber. ele morre de tristeza que a senhora não vorta. eu falei vorta pronde ô homi di deus? pra cá, ele arrespondeu.eu disse, cá onde? cá, ora. e ele fica assim e tá querendo pegá um filhote de urubú pra sinhora.
não aceita não. o bicho tem piolho e fede.

terça-feira, maio 11, 2004


escutem. foi cantada pelo servio tulio no novo cd dos gritadores. a música dá o nome ao cd: "ficção científica vulgar".

nela diz que "os limites do universo são os olhos de quem vê".

domingo, maio 09, 2004




estou com nós nas tripas. que que faço com francisco frederico? como vou dizer que ele é um passarinho sem mãe. ele que nunca vai ficá feliz de passar o dia das mãe sem mãe. acho que vou levar ele pra passear, se dona zulmira deixar (é com xis?)

pergunta

1- que você diria a um passarinho sem mãe no dia das mães?

2-pularia o dia? arrancava ele da folhinha?

4- cantava "mamãe, mamãe, eu te lembro o chinelo nas mão, o aventar todo sujo de ôvo, seu pudesse queria outra vez mamãe começar tudo tudo de novo"?

8- cantava churrasquinho de mãe?

9- cantava "disse um campônio à sua amada,minha idolatrada , diga-me o que quer" e a bandida pediu o coração da mãe dele e ele tirou.

ou 10- dizia: seja homem francisco frederico. "ser mãe é padecer no paraíso".

responda . que amanhã eu trazerei um prêmio para você do lixão, peraí. é com ch, lichão.

tem uma hispotes: dizer pra ele que ouviu errado .que é mão. sei lá. vou ficar muito triste vendo o coitadim.

sábado, maio 08, 2004



taí. o francisco frederico na mão de dona zulmira. cês precisam ver ele fingindo que quer voar. amanhã eu falo que o firmino tá impussível aqui do lado. cutucando seu zé pra contá o que a dotora devogada falô. dá corda, dotora, dá corda.... depois se arrepende. firmino é dono de bar agora, dotora devogada. mas ele já foi servente de pedreiro, peão de fazenda, destes de tirar leite de vaca e plantou muita horta por aí. a sinhora tá fazeno ele creditá que é gente. desde quando pessoa que fede cc é gente? né pra gloriá minha pessoa não, mas verdade tem de se dizê. eu me esfrego todo de arruda e fico perfumoso o dia intero.

o firmino tem fedor de pinga grudado até nos ossos dele. e o bar dele é uma portinha nos cafundós onde judas perdeu as botas. tem mais mosca qui gente. pensa que tem bibida fina? tem não. é pinga e óia lá.

sexta-feira, maio 07, 2004




taí a tar da dotora. fala baixo gente. e ela dando bola pra nóis bonita que benzo deus. se ela descobre a mão cascuda do firmino com a boca cheia de faia! é sim. um dente sim outro não. e que ele ronca de noite! nem é bom saber qui o firmino tá doidin prela falá cum ele. diz qui vai di juelhu inté a casa dela levar passarim de presenti. né o ff. não. o francisco frederico. ele qué achá outro e criá prela.

pode? cada macaco no seu gaio. né mesmo? onde si viu si ela vai olhar pressa cara feia do firmino?
francisco frederico acabou com o firmino. ele que diz que sou dengoso. ficou todo derretido com ele batendo as asinhas. aí viu que a dotora devogada tava caidinha por ele. e falou anssim: vamos conhecer esta dotora? e lá vamos nós hoje de tarde com ajuda de seu zé. dispois eu conto cumé ela.

quinta-feira, maio 06, 2004

tô aqui. psiu. vim rapidinho. seu zé deixou.o firmino vem aqui hoje visitar o francisco frederico. dona zulmira deixou. ela botou o chiquinho numa luz para ele esquentar. assim não preciso ficar segurando. ele está assanhado por demais. pede comida agora e bate as duas asinhas. ele pensa que eu mais dona zulmira somos os pais dele. depois eu ponho uma fotografia dele procês conhecerem. francisco frederico, onde já se viu ter passarinho como filho? huahuahua.... coisa de dona zulmira.

terça-feira, maio 04, 2004

, pra esquentar,

eu tô uns dias sem trabaiá. porque caiu um passarinho filhote quase na minha cabeça. foi a aba do chapéu que sigurou ele. acho que foi por isto que ele não morreu. um passarinho clarinho. todo louro, que nunca vi igual . conheço destes canários belgas que vevem em gaiola. passarinho louro solto não conheço. bem, estou segurando ele dentro da mão fechada pra esquentar e escrevendo com um dedo só que além do mais tá com uma ferpa inflamada em baixo da unha (é com x ou ch? vai com x mesmo). eu soquei alpiste , fiz uma papa de fuba e tô dando prêle. é uma gracinha. chamei ele de chiquinho.

aí seu zé veio ver porque eu sumi.
seu zé= que houve alceu? está doente?
alceu: não seu zé. to cuidando do chiquinho.
seu zé= já te informei que não qurero crianças aqui.
alceu: né criança não , seu zé. é chiquinho. óia que coisa linda!
seu zé= zulmira,vem cá ver o que o alceu encontrou!
zulmira== que gracinha, alceu.você está tratando bem dele? está dando o que para ele comer?
dona zulmira pegando o chiquinho.== mas que coisa linda. todo amarelinho! que passarinho é este alceu?
alceu: num sei. dona zulmir.nunca que vi igual solto por aí.
zulmira== vamos dar um nome para ele.
alceu: é chiquinho, dona zilmir.
zulmira:que nome mais pobre alceu.nada de apelidos. será frederico, lembra do pintinho que a gente tinha com este nome lá no sítio?
seu zé= vai trabalhar alceu. a zulmira cuida dele>
alceu:mas eu que achei!
seu zé= vai zulmira , veja se ele está bem alimentado. e você para o trabalho alceu. de noite você fica com ele.
alceu: mas é chiquinho, tá?
zulmira== francisco frederico, então. para agradar a todos.

tô aqui. de coração pequeno. sem meu chiquinho. tomara que chegue de noite.

domingo, maio 02, 2004

ói só eu, se zé


quinta-feira, abril 29, 2004






o dia passou. todos estes dias, né. seu zé chegou. não vou processar ele não dona devogada. aí , cidade pequena, a gente fica mal visto e ninguém emprega mais. limpei os canteiro. não tudo, porque tiririca num acaba. num podei as planta que estou esperando mês que vem chegar. maio, sem erre. mês com erre não se usa para podar.

igual bambu e árvore, só se corta na lua certa. senão dá bicho. aqui emminas tem cupinzeiro.mas não tem cupim na madeira. tem muito a íno rio. chiiii. o rio é cheio de cupim. e tiroteio também. táva falando com o firmino , a gente já vortou a se falar, qui quem quer se matar vai pro rio. ela disse que são paulo também. mas é que ocês, dona devogada, colocaram garotinhos no governo. criança não tem juízo. onde já se viu.

igual no brasil. presidente da república chamado lula. aqui a gente conhece a dona lila. gente boa. inducada. de vez em quando ela me dá um trocado para trazer água do parque para ela. sabe comé? a gente vai no buraco que a prefeitura fez, onde a água corre direto e reto, leva um carrinho de mão cheio de garrafa e enche umapor uma. e os povo lá atrás fica reclamando.

fiz isso onti. adespois passei no dotor luiz carlos e tirei meu bicho de pé. já estimava ele. seu zé deixou eu entrar hoje
para falar. mas já tou saindo. pra não abusar. té manhã, dona devogada. vou ver quem pode dar trabalho pra senhora, pra entrar dinheiro pro seu tratamento. de que mesmo heim?

domingo, abril 25, 2004

vim aqui avisar. nem vou demorar. tão perguntando porque quem assina em baixo das coisas queu falo é esta tar de esther maria. vou explicar: ela fez este coiso para mim. e disse que ia assinar. exibição pura. eu faço sucesso (é com x?) e ela leva a fama. meu nome é alceu. alceu oliveira da silva.

viu seu zé? nem demorei. nem vou ser levado por esta devogada trabalhista pra ficar contra o senhor não. a gente errou. a gente sabe e se adescurpa. descurpa, seu zé? eu já táva tão acostumado com o canteirinho... óia a cara dos cachorros já cum saudade di mim. óia pra eu seu zé, vou sentir farta até dos pitos.

é a água desta tar de angra. bem que avisei que ela tá cheia de radiação. tá radiando impecência no senhor, sabia? té manhã. é amanhã qui o senhor vorta? já to procurando outro trabaio . pobre não veve sem um canto. precisa come também. seu fernando nimam tá ajudando eu. to rezando seu zé. pra duas coisas. uma o senhor sabe. boa noite.

sábado, abril 24, 2004

hoje né sabado não. é sexta. mas como to morando na austrália fica um dia mais pra frente. só pra visar.
estou de aviso breve.

num disse que o firmino ia criar encrenca? seu zé telefonou onti mesmo. primeiro ele telefonou para o telefone daqui da casa dele. eu atendi e falei. é o alceu.
o resto foi assim:
seu zé: alceu, quem é este tal de firmino que está com meu celular na minha casa?
alceu: é o firmino do bar, seu zé. pedi prele ficar comigo tomando conta da casa. até é bom porque quanto to lá fora ele fica cá dentro.
seu zé: onde está meu celular?
alceu: onde o senhor mandou botar. o firmino largou e não pegou mais.
seu zé: mas eu mandei ele te chamar!
alceu: ele chamou. eu vim. lavei os pé. mas o senhor disse para largar o celular. a gente largou.
seu zé: pega o celular, alceu.
alceu: pode?
seu zé: vá até onde ele está, e traga para perto do telefone.

obedeci.

alceu: tá aqui.
seu zé: desliga ele.
alceu: onde?
seu zé: aperta o botão onde está escrito power.
...............
seu zé: alceu! ALCEU!
alceu: oi.oi
seu zé:desliga
alceu: peraí

aí fui na casa de dona beatriz, uma mulher muito fina, que mora aqui no vila verde . pedi prela desligar.
ela ainda ficou um tempo de prosa com seu zé.


beatriz: pode deixar o celular comigo, alceu. volta para o telefone de dentro da casa. e diz alô.
alceu: tá
na volta achei isto perto do bueiro
alceu: alô
seu zé: quando eu voltar vamos conversar sobre isto, alceu. mas aviso logo que você está de aviso prévio.
alceu: qué isto?
seu zé: estou te despedindo. mas só quando regressarmos.enquanto isto você vigia a casa.
alceu: tá. tem remédio?
seu zé: vá fazer seu trabalho e não quero nenhum firminio dentro da minha casa,no jardim ou no quintal.
alceu. tá.
seu zé: agora desliga o telefone.
álceu. tá.

fui catar tiririca.o firmino nem nada. sumiu. eu fazia uma rua de tiririca catada. pegava a raiz dela por baixo da terra e sabia que ia encontrar mais batata de tiririca no caminho. às vez ela virava uma esquina assim, como se fosse rua. me sentia pura madrugada, como dizia aquele cantor de bolero, o hazel, nas cantorias da chick-peituda : "A rua canta pelas esquinas gritos de desaforada agonia, becos de palmas resplandescentes, bueiros de línguas correntes enquanto a noite passa, tal qual maria-fumaça, correndo trilhos de perversas ironias."

quinta-feira, abril 22, 2004

tocou o celular de seu zé. eu falei pro firmino.não atende que ele esqueceu de levar.
mas o homi não pára nem escuta. atendeu. foi assim:

firmino: oi, quem fala?
seu zé= é o josé. o que você faz na minha casa?
firmino: tomo conta
seu zé= você é ladrão? roubou meu celular? roubou minha casa? (falando com a mulher) ai,marisa, acho que arrombaram a casa. tem um homem estranho lá.
firmino: sou eu seu zé, óia. o firmino. amigo do alceu, que cata tiririca no jardim. sou homem de bem.
seu zé= chama o alceu
firmino: tá catando tiririca, chamo assim mesmo?
seu zé= chama e larga meu celular
firmino obedeceu e largou o celular. foi me chamar. pelu menus uma vez na vida obedeceu.
lavei os pé cheio de barro e entrei pra dentro. o celular tava lá. onde o firmino largou.
pensei se pegava. mas seu zé mandou largar.então deixei lá. quero só ver o que acontece quando ele vortá.
será que firmino vai fazer eu perder o emprego?


igual o celular de seu zé

aconteceu o mesmo com a dona devogada.
tem um homi aí que falou que a vó dele tira bicho de pé. num quero não. óia: eu sei que cê mimita com seu conjunto o tar de saara saara. inveja do desertico desertico . enquanto seu zé num vorta to criando eles. dá uma cocerinha boa!

mudando de tico pra teco: onti insinei o firmino a jorgar tampinha.o homi tem um bar e não sabe. é assim ó: cê senta numa ladeira e enfileira lá em cima tampinha por tampinha. prende com um pau pra não rolar antes. adepois sorta o pau. quem chegar primeiro lá embaixo , mas tem de rolar de lado, não vale cambotar, ganha. facinho,viu?
onti foi dia de cantar . o firmino resorveu trocar o nome do conjunto . agora é desértico desértico só porque eu chamei ele pra vir tomar conta da casa de seu zé que fez feriadão por causa de tiradentes e só vorta semana que vem. aí o firmino,que é muito metido foi ver a televisão do homi. viu um tar deserto de atacama e fez esta música

não adianta mané
querer metê o pé
onde não alçança
vamos pro deserto
desértico de atacama

breque
é la que os gringos
ganham grana!
vamo pra lá mané!

precisa de soprano pra cantá, diz o firmino. e na travessa não tem. aí passou um moleque que ouviu o firmino falar isto e disse: chama a callas.
firmino queria calar a boca dele no soco. mas eu falei: pára firmino , vamos brincar de rolar tampinha. e a gente foi.

depois ensino o jogo. mas trata de ir colecionando tampinha de reprigerante, serve também do guaraná da mantiqueira.

terça-feira, abril 20, 2004

hora do armoço. a gente tá se juntando num movimento . o movimento sem noção . igual msn. quer participar é só deixar recado no botequim do firmino. dona fal, que é muito fina, disse : to dentro. deve de ser pra ensinar a gente.
lembrei: amanhã vou falar do meu conjunto que se aprensentou na travessa nossa senhora dos remédios. é o deserto deserto. ninguém chamou o raul.

a música começa assim; segura na mão de deus. aí o firmino faz o breque: seguia não que ele é ocupado. aí de novo: segura na mão de deus....o firmino mirrita quando não fala os erres.

deixa te contar. um cara acho que não gostou. disse: "manda bala". assinou patolinus . saiu todo lambusado . eu falei pra ficar calado! depois da ressaca de ontem vomitei mais ainda.
é. bom dia. to que meio de ressaca. esqueci de falar uma coisa que aconteceu no lixão. eu táva lá numa boa. levei uns pão e banana pro almoço. tinha inhame cozido também. colhi de fresco no seu valentim. táva aquele monte de urubu no lixão. baixou um dó deles. só vevem de carniça e lixo, pensei comigo. aí fui dando pedaço de pão preles. baixou uma marvadeza em mim. dessas de furar olho de passarinho pra ver ele cantar melhor. aí, os urubú tudo em volta de mim. eu esticava o braço com o pão, eles lá vinha, eu tirava na malvadez o pão do bico deles. não deu outra, ficaram numa reiva que sairam voando pra cima de mim. ainda bem que tinha uma lataria velha de um carro lá . e me escondi.

hoje meu pé tá coçando (é com xis? ou ch?) dentro das botas. sentei no meio da tiririca pra ver. é bicho de pé. já viu né? hoje de noite tenho de tirar , senão espalha. até queu gosto da coceirinha. mas atrapalha no rendimento do trabalho diz seu zé, todo metido.

bem deixa eu trabalhar. hoje peguei tarde por causa desta ressaca. o homem tá fulu.
eu num disse?
né que perguntaram pra mim, logo pra mim, ói só, eu disse: falei com todas as letras. é seu zé. seu zé, bolas, onde limpo tiririca. ele minsinou e até posto eu sei fazer. tudo na casa dele. peço pra dar uma mijada. ele fala que eu invento moda de ir falar coisas no vumitando. entro naquele casão de pé limpo. claro que faço xixi. é com xis? tiro água do joelho. depois vumitu. sempre que ele deixa. esqueci de falar que o lixão é assim ó: desta altura, dum tamanho grande e fede.tem tudo que é bicho por lá. um dia eu disse pro seu zé que levava ele. gente fina shuuuu, fala baixo,nem quer saber de ir. mas eu gosto do seu zé. meio afrescaiado. mas nunca duvidou de meu sesso. é com xis?
neste treco a gente fala do dia, né? tô precisando de um trôco pro almoço. vai lá?

segunda-feira, abril 19, 2004

em tempo. levei a máquina de foto. foi emprestada, o alceu, que deixou eu levar a dele. mas nem adiantou. tá sem botão.
noutro dia eu mostro como é o lixão.
na segunda conto as viagens de domingo. falou? pois é. ontem fui no lixão. descobri que tou com lombriga. pode? agora , ah sei! o lixão. táva cheio de lixo. nada especial que valesse trazer pra decorar o canto aqui.
vem cá, lixão é com x ou ch? eu posso vacilar nas letras mas tô sempre perguntando. taí, tava na hora de descolar por lá um dicionário.
onti táva fedido. pesquei isto por lá. só pra ver.não dá pra pendurar.