segunda-feira, janeiro 24, 2005


a gente chegou da colheita de café.

chegou junto gente de luxo e eu mal tirei as bota. pois é , tá aqui seu alberto machado, quem diria? neste pobre canto do mato. sabe seu alberto neste tempo em que fiquei longe, a familiarada inteira ocupada com a safra de café, encalei as mão mas melhorei no vernáculo. saca só: vernáculo.

dona zulmira coitada que voltou com dor nos quarto de tanto fazer comida porque a engracia num dá conta sozinha. a gente mal tá acabando de chegar. tirando as cobertas dos móveis . amanhã é dia de sacudir poeira. sabe seu alberto? mas chega pra cá, quer um café? a gente faz na hora, veio um monte da fazenda, tem paia de mio tamem pra fazer o cigarro. as veis eu escorrego nas letras, nãop arrepare, mas está melhor.

ah, antes di tudo deixa avisar que a gente conseguiu salvar o romário. penduramos ele de cabeça pra baixo, um tempo bão, enquanto a gente velava ele, porque esperança é a última que morre, né mesmo? e de repente, pode acreditar, mais que de repente o homem tossiu e o osso foi parar nos peito de dona guilhermina que estava puxando o terço. ela até que ficou feliz com a cusparada de osso. disse que por uma vida vale de um tudo.

então tá todo mundo avisado? deixa a gente chegar que depois conversa melhor. agora dona zulmira tá me chamando. ela não consegue fazer nada sem eu. pode?